sábado, 11 de julho de 2009

Estilo, coerência, coesão e as relações lógicas

Construindo o fazer pedagógico...

No estudo da linguagem, o estilo é entendido de várias maneiras pela Estilística.
Entretanto, de modo geral é conceituado como resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do/a falante. Assim, podemos analisar a sonoridade, significação e
formação das palavras, da constituição da frase e do discurso.
Sobre a coerência, torna-se interessante ressaltar que o mundo textual
é construído a partir das “pistas” textuais, em articulação com a situação
sócio-comunicativa e o conhecimento socializado entre os/as interlocutores.
Pois a versão do mundo real não precisa, necessariamente, corresponder à realidade. Porém deve haver uma continuidade de sentidos, como nas histórias de ficção.
Embora as relações lógicas sejam, primeiramente, operações de raciocínio lógico
expressas linguisticamente, a organização lógica de um texto depende também da situação de interação, ou do contexto. Por isso, a escolha de como será feita essa organização resulta sempre a uma intenção comunicativa que está incorporada ao próprio texto.
A exemplo do texto a seguir:

Diário de um louco

É noite ensolarada! Entro para fora do meu barco de pedra feito de madeira, quando vejo sem olhar os cocos caindo das palmeiras, no momento em que os elefantes pulam de galho em galho e a loira careca penteia seus longos cabelos pretos.
Ao meio-dia, eu jantava um sushi frito de carne vermelha enquanto lia o jornal de ontem as notícias de amanhã: “Fogo destrói caixa d’água e dois carecas brigam por um pente!”
Eu estava sentado em pé, de frente para o mar, via logo ali, a 462 mil quilômetros no açude seco, um cadáver sem braços que boiava abanando para mim. Ouvindo, não escutava um mudo matar um surdo a grito, enquanto me bronzeava na sombra, acontecia uma tempestade em um copo d’água.
Todas as pessoas resolveram tirar um pouco da poeira do mar, pois eles são alérgicos a tomate. À meia-noite, era 10:30h e eu tomava meu café que tinha gosto de suco, mas na verdade era água mineral.
Até que pensei tristemente, sem pensar dando gargalhadas, antes morrer do que perder a vida. Era noite, em meio a tempestade, o sol no horizonte, onde os peixes voavam livremente.
O frio de 40ºC me deixava quase congelado, se não fosse o ventilador que amenizava a situação, eu com certeza, teria me afogado, pois a banana não tem caroço! Agora, pergunto: Para que bicicleta se temos janelas em nossos quartos?
Bom, falando em pingüim, lembrei-me quando meu amigo paraplégico ganhou a “Copa do Mundo de Tênis,” nem podia ser diferente pois ele é ótimo ciclista.
Agora, vou começar a terminar o relato sobre esta história real de ficção científica e recomendo apenas para pessoas com mais de 78 anos e acompanhadas de seus pais.
Terminarei o restante deste fim trágico do meu dia de tantas alegrias trágicas.

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